Luiz de Mattos em sua época foi um espírito incansável, foi um bravo e duplamente abolicionista. Lutou pela liberdade do homem escravo do próprio homem. Mas também lutou pela liberdade do homem escravo dos dogmas escravagistas e grosseiros, liberando o pensamento do homem travado nas amarras do misticismo religioso, levando-o ao auto conhecimento de si próprio como Força e Matéria.

Universo de Galáxias - Por Luiz de Mattos

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Uma galáxia é uma imensa família de sistemas solares que se contam aos milhões. A de que o nosso planeta faz parte tem a forma aproximada de uma lente biconvexa ou ovo frito, situando-se o nosso sistema solar na galáxia, mais ou menos, a um terço da distância radial que vai do eixo à sua periferia extrema.

Tudo quanto os olhos desarmados do corpo humano podem ver no firmamento é parte integrante desta galáxia, da qual a Via-Láctea representa o aro exterior.

A distância de uma galáxia a outra mais próxima é de tal magnitude que ultrapassa a capacidade de apreciação do espírito encarnado, de percepção normal.
Apesar disso, uma galáxia, com seus milhares ou milhões de sistemas solares, não representa mais — em comparação com a extensão infinita do Espaço — do que uma insignificante ilha no oceano ou, menos ainda, do que um ponto no Universo.

Essa relação de grandezas convida a meditar na magnificência do Universo e na modestíssima participação do nosso planeta na composição do Todo.
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E se o planeta é de composição modesta, de igual modo são os seus habitantes, modestos no saber, na inteligência, na espiritualidade e na evolução.

Se todos vivessem compenetrados dessa realidade, não haveria lugar para vaidades e tolas presunções que apenas refletem um estado próprio da Terra, pondo em evidência a ignorância e a inferioridade espiritual dos seus habitantes.

Para fazer-se idéia, ainda que imprecisa, de quantos bilhões vezes bilhões de espíritos estão em evolução em cada galáxia, basta levar em conta os milhões de sistemas solares de cada uma e considerar que em torno de cada sistema solar gira incontável número de planetas.

Se neste mundo, que é dos menores, evoluem cerca de cinco bilhões de espíritos, logicamente nos outros planetas, em média proporcional, esse número não pode ser inferior.

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A Inteligência Universal, de que o pensamento emana — na sua expressão máxima — tem poder ilimitado. Nada existe no Universo sem razão de ser. Nenhuma criação foi obra do acaso, já que tudo obedeceu a uma determinação rigorosamente preestabelecida, mesmo nos mais insignificantes pormenores.

O sentido da criação aqui empregado indica transformação da matéria pela ação da Força Inteligente. A idealização dos mundos corresponde às exigências da evolução.

Assim, de encarnação em encarnação, promove o espírito a sua evolução neste planeta até determinado limite. Daí por diante prossegue noutro meio, em que as condições psíquicas e físicas obedecem a sistematização diferente.

Desenvolvendo uma velocidade no Espaço de cerca de trinta quilômetros por segundo, descreve a Terra a sua órbita em torno do Sol, com precisão matemática, num período de tempo absolutamente certo.

Arrastando, por sua vez, os componentes de seu próprio sistema, numa órbita que tem por foco um ponto no eixo da galáxia, com velocidade semelhantemente elevada, o Sol completa, de igual modo, a trajetória em tempo rigorosamente exato.

Também a galáxia, transportando, com perfeita uniformidade, todos os sistemas solares de que é composta, numa velocidade do mesmo modo grande, fecha a sua órbita em um período não menos regular.

Toda essa revoluteante disposição de movimentos precisos e inalteráveis é obra da Inteligência Universal, com um só fim: proporcionar meios às partículas do Todo para poderem progredir e galgar, uma a uma, os extensos degraus da evolução.

Não há qualquer exagero em afirmar que uma única dessas partículas é tão importante quanto o próprio Todo, porque este não poderia existir sem ela, nem ela sem ele.

A obra da natureza não contém erros nem imperfeições. Suas leis são imutáveis, os movimentos matematicamente exatos, e os acontecimentos mais surpreendentes, que possam ocorrer em incursões variantes, não passam de consequência lógica do desdobramento da própria vida cheia de ações e reações, de causas e efeitos, mas sempre em busca do equilíbrio final.
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Assim como os satélites têm os seus movimentos combinados com os dos planetas, estes com os dos sóis de cada sistema e o dos sistemas solares com todos os movimentos dos outros sistemas de cada galáxia, também os espíritos agem e evoluem coordenados uns com os outros, em fiel observância a um regime regulador de todas as funções.

O Espaço está repleto de Força e Matéria. Nada perde nem ganha. Do que tem não sobra nada nem possui de menos. O equilíbrio das leis se revela tanto no macro como no microcosmo, tanto no incomensuravelmente grande como no incomensuravelmente pequeno.

Fora do alcance visual do corpo humano, no infinito como no infinitesimal, a Vida se estende ininterrupta, integral, harmonizante com a manifestação das mais variadas vibrações.

Universo de Galáxias
Por Luiz de Mattos