Considerações
preliminares
As reuniões espiritualistas são
obrigatoriamente realizadas conforme a disciplina específica de cada uma delas.
Para facilitar o manuseio e a
pronta localização, essas normas estão discriminadas por categorias de casas
racionalistas cristãs: Casa-Chefe, filial e correspondente, respectivamente nos
capítulos 10, 11 e 12 deste livro.
Para haver manifestações
mediúnicas em reuniões públicas, a corrente fluídica deve estar formada
obrigatoriamente com o mínimo de oito componentes, entre eles pelo menos dois
médiuns, e, a meia-corrente, com o mínimo de três militantes.
Para haver desdobramentos e
manifestações mediúnicas em reuniões de desdobramento, a corrente fluídica deve
estar formada obrigatoriamente com o mínimo de oito componentes, entre eles
pelo menos um médium. Como em
reuniões de desdobramento não há meia-corrente, os integrantes desta devem completar
a corrente fluídica quando houver lugares vagos à mesa.
Assim
formadas as correntes fluídicas e as meias-correntes, e mantidas pela ação do
pensamento dos militantes que as compõem, estará assegurado o êxito das
reuniões, pois o Astral Superior eliminará todas as más influências, quer
partam de pessoas, quer de espíritos na atmosfera fluídica, assegurando a
integridade física e psíquica de todos os presentes, tanto assistentes quanto
militantes.
Além
dessas duas correntes, outra, também fluídica, denominada rede fluídica, é
formada pelo Astral Superior. Essa rede fluídica tem por finalidade conter em
seu interior espíritos arrebatados da atmosfera fluídica da Terra através da
ação das Forças Superiores nas reuniões públicas e nas de desdobramento, para
serem encaminhados aos respectivos mundos de estágio espiritual. Essa dupla
corrente é luminosa, e pode ser observada pelos médiuns videntes. O livro A
vida fora da matéria mostra em gravuras esse fato com bastante clareza.
Para
que as correntes fluídicas possam manter-se firmes, é preciso que o presidente
não se perturbe e que cada um dos militantes que as compõem se conserve concentrado,
sem o menor receio ou vacilação.
A
perturbação do presidente é bastante para quebrar a corrente fluídica, assim
como o sono ou o receio de qualquer dos médiuns, dos esteios e dos componentes
da meia-corrente. Quebradas as correntes, o Astral Superior é obrigado a
afastar-se, do que se aproveitam espíritos inferiores para apoderar-se
rapidamente dos médiuns e provocar as desordens de que são capazes os
obsessores.
Todavia,
como o presidente é forte de ânimo e não perde a confiança em si e no Astral
Superior, nem a consciência do papel e das responsabilidades que lhe foram
confiados, o domínio do astral inferior é, além de momentâneo, limitado a um ou
outro médium que não lhe opuser reação, já que o restabelecimento do apoio ao
Astral Superior se faz rapidamente.
Correntes
fluídicas seguras garantem o êxito das reuniões e possibilitam às Forças
Superiores o encaminhamento, para os respectivos mundos de estágio espiritual, de
todos os espíritos perturbados que a ela chegam, não mais retornando ao meio em
que se encontravam, por mais perversos que sejam.
Caso
ocorra pequena falha disciplinar por parte de militante, o presidente efetivo
deve orientá-lo para que não mais a repita, em conversa reservada e cordial. Não deve ser motivo para afastamento sumário do
militante dos trabalhos em nenhuma hipótese, o que demonstraria intolerância
inaceitável do presidente.
Corrente
fluídica
As
correntes fluídicas são organizadas em torno de uma mesa situada em sala
própria, denominada sala das correntes fluídicas ou simplesmente sala das
correntes, localizada em espaço contíguo ao estrado ou nele próprio, desde que
reservado por cortinas opacas, quando a casa racionalista cristã é de pequeno porte.
Cabe
exclusivamente à Casa-Chefe indicar para cada filial o respectivo presidente
astral e os dois espíritos superiores que irão organizar suas correntes fluídicas.
É
denominado primeiro organizador o espírito superior que escolhe os militantes
que compõem a primeira corrente, através do médium sentado na cadeira do lado
esquerdo junto ao presidente.
O
outro, denominado segundo organizador, escolhe os militantes que compõem a
segunda corrente, que é a definitiva, através do médium sentado na primeira
cadeira do lado direito junto ao presidente.
Os
componentes da segunda corrente fluídica organizada na sala das correntes
deverão ocupar, antes do início das reuniões espiritualistas, as cadeiras à
mesa do estrado nas mesmas posições determinadas pelo segundo organizador
astral.
Os
integrantes das correntes fluídicas podem, ou não, ser escolhidos pelos
organizadores astrais das correntes. Os que não são escolhidos devem aguardar as
determinações do presidente, para que ocupem cadeiras da assistência, do
semicírculo ou mesmo da própria mesa, se ainda houver assentos vagos, depois
que os componentes da corrente fluídica formada se posicionarem no estrado.
Todos
os lugares ocupados por militantes são importantes para as Forças Superiores.
Por isso, ninguém deve se melindrar ao não ser escolhido, mas se manter com
pensamentos elevados, onde quer que esteja.
Meia-corrente
fluídica
Nas reuniões públicas da
Casa-Chefe e das filiais, a meia-corrente serve de ponto de apoio ao Astral
Superior para ligação dos trabalhos mediúnicos que realiza à mesa do estrado
com os que leva a efeito junto aos assistentes. A ação irradiadora da meia-corrente é equivalente à da
corrente fluídica.
Nos
correspondentes, é dispensada a formação da meia-corrente, por não haver
trabalhos mediúnicos. Todavia, de igual forma como é feito na Casa-Chefe e nas
filiais, o Astral Superior promove a limpeza psíquica do ambiente e de todos os
participantes ─ assistentes e militantes ─ pela força irradiadora dos
pensamentos elevados de que todos estão imbuídos.
A disposição das cadeiras do
semicírculo não pode ultrapassar, sob qualquer pretexto, a metade de cada lado
da mesa do estrado. Os
espaços dos lados direito e esquerdo junto ao presidente devem ficar livres,
para neles somente transitar os auxiliares de estrado.
Os
componentes da meia-corrente se posicionam na parte central do semicírculo. Os
assistentes encaminhados para o estrado completam o semicírculo, no sentido que
vai dos componentes da meia-corrente para as extremidades, mulheres e homens em
qualquer dos lados. Nas cadeiras junto às dos últimos assistentes ficam
sentados de cada lado os auxiliares de estrado (cadeiras H), atentos ao
desempenho de suas funções.
Ainda
que no salão ou no semicírculo permaneça apenas um único assistente, é
obrigatória a formação da meia-corrente com o mínimo de três militantes, mesmo
que para completar esse número sejam transferidos para ela integrantes da mesa
do estrado, desfalcando-a até o número mínimo de oito integrantes, o que, ainda
assim, viabiliza a organização das correntes fluídicas na sala das correntes e
possibilita manifestações mediúnicas no transcurso da reunião.
Esquema de posicionamento no estrado e no salão
Esquema de posicionamento no estrado e no salão
Observações:
1. o esquema apresentado em
seguida é um exemplo. O arranjo da mesa e das cadeiras deve ser adequado às
dimensões do estrado, que não pode ter mais de doze centímetros de altura em
relação ao piso do salão, evitando-se o uso de degrau. O semicírculo não pode
ultrapassar o meio da mesa do estrado, precisando, contudo, abrigar cinco
cadeiras no mínimo, sendo três para a meia-corrente e duas para os auxiliares
de estrado, uma em cada extremidade. Nesse caso, não há cadeiras para
assistentes, em razão da exigüidade de espaço;
2. o posicionamento de médiuns
e esteios é definido pela corrente fluídica organizada na sala das correntes; e
3. os assistentes de primeira
vez e os que frequentarem as três primeiras reuniões públicas têm prioridade na
ocupação das cadeiras "I" do semicírculo.
B – cadeira do presidente
C – cadeira do fecho
D – cadeiras de médiuns
E – cadeiras de esteios;
F – cadeiras de obsedados;
G – cadeiras da meia-corrente
no semicírculo
H – cadeiras de auxiliares de
estrado
I – cadeiras no semicírculo
para assistentes específicos
J – cadeiras no salão para
assistentes em geral