Luiz de Mattos em sua época foi um espírito incansável, foi um bravo e duplamente abolicionista. Lutou pela liberdade do homem escravo do próprio homem. Mas também lutou pela liberdade do homem escravo dos dogmas escravagistas e grosseiros, liberando o pensamento do homem travado nas amarras do misticismo religioso, levando-o ao auto conhecimento de si próprio como Força e Matéria.

Por que negar a reencarnação - Por Luiz de Mattos


Por que as religiões ocidentais tanto se empenham, tanto se esforçam, tanto se obstinam em negar a reencarnação? Por que tão intransigentemente a combatem, a despeito das gritantes e insuspeitas provas da sua existência real? Por que persistem no desconhecimento de tantos e tantos fatos que exaustivamente a comprovam, de que está cheia a história da humanidade?

A resposta é fácil: reencarnação e salvação são idéias que se atritam, que se agridem, que se chocam, porque antagônicas e irredutivelmente inconciliáveis.

Ora, no conceito de salvação – intimamente ligado aos favores do perdão – está precisamente a base em que se apoiam essas religiões.

Se as organizações religiosas revelassem a Verdade aos seus adeptos no tocante à fantasia dos perdões, da salvação eterna, da mansão celestial, do divino pai, do inferno, do demônio, do purgatório e de tantas outras invencionices, nenhuma delas se manteria de pé.

Desapareceriam as fontes de renda representadas pela indústria dos santos de madeira e de barro, das relíquias, dos dízimos do senhor, das esmolas para os santos, das rezas e de muitas outras práticas artificiosas.

Quando o indivíduo se convencer de que, se praticar o mal, terá, inapelavelmente, de resgatá-lo, sem possibilidade de perdão; que numa encarnação se prepara para a encarnação seguinte; que esta será mais ou menos penosa consoante o uso que tenha feito do seu livre-arbítrio, na prática do bem ou do mal; que as ações boas revertem em seu benefício e as más em seu prejuízo; que não pode contar com o auxílio de ninguém para libertá-lo das consequências das faltas que cometer e que terá de resgatar com ações elevadas – qualquer que seja o número de encarnações para isso necessárias – por certo pensará mais detidamente, antes de praticar um ato indigno.

Os que sabem avaliar o peso da responsabilidade que arrastam com os próprios atos fazem todo o possível para firmar-se nos ensinamentos reais que transmitem o conhecimento da Verdade, rompendo com as entorpecentes mentiras religiosas.

Por que negar a Reencarnação?
Por Luiz de Mattos
Fonte: https://www.racionalismocristao.org/pt/