Luiz de Mattos em sua época foi um espírito incansável, foi um bravo e duplamente abolicionista. Lutou pela liberdade do homem escravo do próprio homem. Mas também lutou pela liberdade do homem escravo dos dogmas escravagistas e grosseiros, liberando o pensamento do homem travado nas amarras do misticismo religioso, levando-o ao auto conhecimento de si próprio como Força e Matéria.

A desordem da humanidade - Por Luiz de Mattos

É preciso que vivam todos como criaturas conscientes daquilo que são e do que devem ser, e que procurem pôr de lado a vaidade, as pretensões vaidosas, por desdourarem os seus atos na vida.

O mundo tem passado por diversas fases e atualmente passa por uma das fases bem críticas e delicada, pois a desorganização social é um fato, as desordens e as incompreensões são visíveis, mas a humanidade que vive iludida, cheia de vaidade e pretensão, não compreende, com certeza, a gravidade da situação. Nunca houve tanta necessidade da serenidade e altivez do espírito, como nesta infeliz época.

A criatura para vencer todas as desordens, todos os distúrbios espirituais e materiais, tudo enfim que de desorganizado existe no mundo, precisa estudar a vida e vivê-la sem ilusões, nem pretensões, sabendo dar satisfação somente à sua consciência, palmilhando sempre pelo caminho reto e seguro, de fronte erguida, não olhando para os lados nem para trás, mas sempre firme e para a frente. Assim procedendo, todos cumprirão os seus deveres, todos sentirão satisfação íntima, que só uma consciência sã pode dar àqueles que os cumprem com fidelidade.

A desordem da humanidade - Por Luiz de Mattos