Luiz de Mattos em sua época foi um espírito incansável, foi um bravo e duplamente abolicionista. Lutou pela liberdade do homem escravo do próprio homem. Mas também lutou pela liberdade do homem escravo dos dogmas escravagistas e grosseiros, liberando o pensamento do homem travado nas amarras do misticismo religioso, levando-o ao auto conhecimento de si próprio como Força e Matéria.

A vaidade desmerece o caráter - Por Luiz de Mattos

Na vida, tudo tem mais valor quando é feito com simplicidade. A ostentação, a preocupação em se salientar, colocar em evidência o que faz, são atitudes que desmerecem a obra de quem a executou. O importante é trabalhar modestamente e em silêncio, sem a preocupação de aparecer, que traduz não só inteligência como sensatez. A pessoa vaidosa, se não for hoje, colhe amanhã frutos ruins de árvore mal plantada, pois a vaidade prejudica a evolução do espírito.

A vaidade é uma ilusão. Ela faz com que os seres humanos pratiquem atos censuráveis, que mostram desorientação espiritual. A vaidade é demonstrada frequentemente na vida humana, inclusive por muitos que, cumprindo suas obrigações, querem ser notados no cumprimento desses deveres. Condenamos a vaidade pois sabemos que ela desmerece o caráter.

A inteligência é atributo espiritual, não pertence à matéria, portanto. Quando o indivíduo tem oportunidade de dar expansão à inteligência e sua capacidade de concepção é evidenciada por algum feito, ele terá muito mais valia se não houve por parte do autor a preocupação com o que possam dizer de si, mas com o que produziu. O espírito quando encarna traz dons que devem ser desenvolvidos durante a existência, mas sem vaidade. 

A vaidade desmerece o caráter - Por Luiz de Mattos

Colab. Rute Helena Macário