Luiz de Mattos em sua época foi um espírito incansável, foi um bravo e duplamente abolicionista. Lutou pela liberdade do homem escravo do próprio homem. Mas também lutou pela liberdade do homem escravo dos dogmas escravagistas e grosseiros, liberando o pensamento do homem travado nas amarras do misticismo religioso, levando-o ao auto conhecimento de si próprio como Força e Matéria.

Mediunidade - Todos precisamos destes esclarecimentos - Por Luiz de Mattos

Uma das faculdades do espírito que mais reclamam atencioso e demorado estudo é a mediúnica, da qual lamentavelmente se têm muito pouco ocupado as organizações científicas. É esta, sem dúvida, uma lacuna que terá de ser preenchida com o progressivo desenvolvimento espiritual dos seres.

A mediunidade, que se manifesta de múltiplas maneiras – de acordo com o grau de evolução de uma ou mais de suas modalidades – é faculdade inata no espírito de todos os seres encarnados, que dispõem, pelo menos, da intuitiva, a qual varia, ainda assim, de indivíduo para indivíduo, de conformidade com o desenvolvimento que vai obtendo, de encarnação em encarnação.

A mediunidade é sempre útil, quando bem aproveitada, mas altamente prejudicial se colocada a serviço do mal. Os bons ou maus pensamentos se atraem, na razão direta da sua afinidade, e o seu instrumento de captação é a faculdade mediúnica.

O espaço ocupado pela atmosfera terrestre está repleto não só de espíritos como de pensamentos, daí resultando as vibrações de duas correntes distintas, classificadas como do bem e do mal.

Todo indivíduo de caráter bem formado que mantenha o pensamento voltado para as realizações úteis e alimente o desejo sincero de progredir espiritualmente, esforçando-se por alcançar esse alto objetivo, terá a envolvê-lo as correntes do bem, fortalecidas pela irradiação das Forças Superiores. Com essa benéfica assistência o êxito é mais fácil.

De igual modo, quando se predispõe à prática do mal, as suas vibrações espirituais estabelecem os pólos de atração das correntes afins do astral inferior, (espíritos quedados na atmosfera terrestre), e passam então os obsessores, valendo-se da mediunidade intuitiva do infeliz, a influenciá-lo, mentalmente, para o levar a cometer desatinos.

O fato, em si, não tem nada de extraordinário: as más intenções, refletidas nos pensamentos, encontram, no espaço inferior, situado na atmosfera que envolve o Planeta, correntes organizadas que a tais intenções se justapõem, pela identidade formada entre vibrações da mesma natureza.


Os que, grandes ou pequenos, ricos ou pobres, humildes ou poderosos vivem à margem dos bons preceitos morais; os que praticam, oculta ou ostensivamente, ações indignas; os que trazem afivelada ao rosto a máscara da bondade e escondem na alma as mais feias vilanias; os assassinos, os ladrões, os vigaristas, os salafrários, os traidores, os desleais, os falsos, os hipócritas, os mentirosos, os valentões, os desordeiros, os pusilânimes, os vadios e, em geral, todos os patifes, não passam, sem o saber, de seres escravizados a falanges obsessoras que os tornam instrumentos dóceis da sua vontade e os levam a praticar as mais abomináveis ações.
Essas falanges encontram todas as facilidades no ambiente da vida física, em virtude da mediunidade dos seres e da corrente de apoio que os maus pensamentos humanos dão aos obsessores.

Quanto mais desenvolvida tiver a mediunidade, tanto maiores são os perigos a que a criatura está exposta no seu viver cotidiano.

É de máxima importância, por isso, que cada um se esforce por conhecer o grau de desenvolvimento da sua faculdade ou faculdades mediúnicas, a fim de poder orientar-se, com acerto, no controle dos pensamentos.

Muitos loucos são médiuns desenvolvidos que chegaram à obsessão pelo desconhecimento de suas faculdades. A loucura é, por via de regra, produto da ignorância da vida fora da matéria.

No dia em que as organizações científicas, despidas de preconceitos ou influências sectárias, se dispuserem a estudar a mediunidade, sob os seus vários aspectos e peculiaridades, compreenderão a necessidade inadiável de ser feita uma campanha de esclarecimento da humanidade por meio da mais ampla divulgação dos resultados desses estudos, para que as criaturas se compenetrem de que precisam imprimir uma orientação sadia à sua vida, a fim de que o número de loucos se reduza aos descuidados, aos negligentes e aos desatentos.

A Mediunidade -  Todos precisamos destes esclarecimentos
Por Luiz de Mattos

Biblioteca Digital do Racionalismo Cristão

Comentário sobre a Mediunidade


O espírito toma posse do seu corpo, ao encarnar, trazendo tudo o que precisa para levar a bom porto o seu barco, melhor dizendo traz o raciocínio, a vontade, o livre arbítrio e o mais importante de todos esses atributos, a mediunidade.

A mediunidade é uma condição da vida dos seres, inata no espírito de cada um, e que só deve ser desenvolvida para o bem da humanidade.

Todos os seres humanos são médiuns, isto é, intermediários dos espíritos, quer desencarnados, quer encarnados em desdobramento consciente durante o sono ou quando em concentração. Mediunidade
Por Antão José Lopes da Luz

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