Essa máquina – como todas as máquinas – está sujeita à ação do tempo, aos desarranjos e desgastes que são maiores ou menores, de acordo com o trato que lhe dispensar o maquinista – o espírito.
E, convenhamos, não faltam os desatentos, os indiferentes e os desleixados. Não são poucos os que se atolam nos vícios, com que produzem no corpo carnal danos não raro irreparáveis, acarretando a sua ruína.
A vida bem vivida conduz a uma velhice sadia e feliz. Nessa fase, porém, ainda que plenamente lúcido, não pode o espírito, como é compreensível, manifestar a mesma fortaleza da juventude e o vigor e o dinamismo revelados nos períodos anteriores. E isto pela natural decadência do seu instrumento corpóreo.
Felizes os espíritos que sabem dar ao mundo, em cada passagem pela Terra, inequívocos exemplos de valor e honradez.
O interesse pelo bem-estar geral, o comportamento familiar, a preocupação constantemente voltada para a educação da prole, a disciplina e o amor ao trabalho são alguns desses exemplos.